O fado da Maldição

Que destino, ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro assim perdido,
Somos dois gritos calados,
Dois fados desencontrados,
Dois amantes desunidos.
Por ti sofro e vou morrendo,
Não te encontro, nem te entendo,

Amo e odeio sem razão:

Coração... quando te cansas
Das nossas mortas esperanças,
Quando paras, coração?


Nesta luta, esta agonia,
Canto e choro de alegria,
Sou feliz e desgraçada.

Que sina a tua, meu peito,
Que nunca estás satisfeito,
Que dás tudo... e não tens nada.

Ai funesta solidão,
Que tu me dás coração,

Não há vida nem é morte:

É lucidez, desatino,
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte...

Composição original: Alfredo Duarte e Armando Vieira Pinto
Versão cantada por Gisela João  - MALDIÇÃO (Fado Cravo) 
Armando Vieira Pinto - Alfredo Marceneiro

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